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O Significado do hexagrama 23 do I Ching 'A Desintegração'

Hexagrama 23 – A Desintegração

O oráculo

Desintegração. Não é favorável seguir em direção alguma, seja qual for.

Interpretação

O oráculo nos coloca diante da decadência natural de todas as coisas, representada pela obscuridade que sucede o período luminoso, pelo inverno que vem na seqüência do verão. Em períodos como esse, em que os inferiores tomam conta da situação, não há espaço para o homem de qualidade. Não é favorável empreender coisa alguma.

O melhor é continuar onde nos encontramos e aceitar a situação, tomando como modelo o homem nobre que contempla com isenção os períodos de seca e de cheia, a eterna sucessão dos opostos, tanto no espaço celeste quanto na terra.

Frente às leis cósmicas não cabe a interferência humana. Devemos nos recolher na quietude, para consolar o coração e cultivar nossos dons para o período de renovação que chegará a seu tempo. Agora não é covardia, e sim sabedoria, aceitar a situação, evitando os gestos impulsivos de reação.

Conselho

O homem nobre fortalece os que estão abaixo dele, para assegurar a paz e a estabilidade de sua posição.

Interpretação

A força dos governantes ou dos dirigentes de uma empresa repousa sobre a base representada pelo povo ou por seus trabalhadores. Estes devem ser o alvo de sua generosidade, do mesmo modo como a terra sustenta a todos. Os dirigentes que atuam desse modo tornam sua posição segura; eles não exploram, mas promovem a prosperidade do conjunto.

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Linhas móveis

Linha móvel (seis) na primeira posição significa:

A perna da cama se desintegra. 
Os perseverantes são destruídos. 
Infortúnio.

Os homens inferiores avançam sorrateiros e começam, num destrutivo trabalho de intriga, a solapar o homem superior. Os partidários do governante que permanecem leais são destruídos através de calúnias e intrigas. A situação é desastrosa. Porém, nada se pode fazer senão esperar.

Linha móvel (seis) na segunda posição significa:

O canto da cama se desintegra. 
Os perseverantes são destruídos.
Infortúnio.

Cresce o poder dos homens inferiores. O perigo já se aproxima da própria pessoa. Os sinais se tornam claros e a tranqüilidade é perturbada. Além de se estar numa posição perigosa, não se conta com ajuda ou solidariedade nem por parte dos que estão acima, nem por parte dos que estão abaixo. Num tal isolamento, torna-se necessário uma extrema cautela. É preciso adaptar-se às condições do momento e evitar a tempo o perigo. Perseverar teimosamente em manter seu ponto de vista levaria à ruína.

Linha móvel (seis) na terceira posição significa:

Rompendo sua ligação com eles. 
Nenhuma culpa.

Um homem se encontra em meio a um ambiente nocivo ao qual está exteriormente ligado. Porém, ele tem vínculos internos com um homem superior. Com isso consegue atingir o equilíbrio que o liberta das tendências dos homens inferiores que o rodeiam. Assim, cria-se um antagonismo com eles, mas isso não é um erro.

Linha móvel (seis) na quarta posição significa:

A cama desintegra-se até a pele. Infortúnio.

Aqui o problema alcança não somente o lugar de descanso, mas atinge até mesmo o seu ocupante. O texto não traz qualquer advertência ou comentário. A desintegração tendo chegado ao seu máximo não pode mais ser evitada.

Linha móvel (seis) na quinta posição significa:

Um cardume. Favores vêm através das damas do palácio. 
Tudo é favorável.

Aqui a natureza do poder da obscuridade se modifica em virtude da proximidade imediata do princípio luminoso, ao alto. A escuridão já não combate mais ao forte princípio luminoso com intrigas, porém se submete à sua orientação. Liderando as outras linhas fracas, dirige todas à linha forte, assim como uma princesa conduz suas servas, como um cardume, a seu marido, obtendo assim seus favores. Ao subordinar-se voluntariamente ao que está ao alto, o que está abaixo encontra sua felicidade e o que está acima recebe o que lhe é devido. Assim tudo vai bem.

Linha móvel (nove) na sexta posição significa:

Um grande fruto ainda não foi comido. 
O homem superior recebe uma carruagem. 
A casa do homem inferior se desintegra.

Aqui a desintegração chega ao final. Quando o infortúnio esgota suas forças, retornam épocas melhores. A semente do bem permanece, e é justamente quando o fruto cai ao chão que o bem renasce de sua semente. O homem superior recupera sua influência e sua efetividade. Ele é sustentado pela opinião pública, como se estivesse sobre uma carruagem. A maldade do homem inferior volta-se contra ele próprio. Sua casa é destruída. Aqui se manifesta uma lei da natureza. O mal não é nefasto apenas para o bem, mas termina por destruir-se a si próprio. Pois o mal, vivendo somente da negação, não pode subsistir em si mesmo. O homem inferior se conduz melhor quando é controlado pelo homem superior.

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